Olá, gatos e gatas... só agora pude comparecer a este nosso blog descaralhado. É, como mesmo disse a minha amiga Do Fuxico, o blog anda bombando. Obrigado a todos e todas pelo apoio e incentivo. Desculpem minha ausência, mas compromissos na Suiça andaram tirando todo o meu tempo disponível.
Hoje quero trazer a luz um assunto interessante e, como direi, socialmente importante, algo que está em voga no mundo todo, a tal da "Responsabilidade Social". É comum, nos dias de hoje, estarmos sempre em contato com esse termo, até porque as empresas e empreendimentos procuram ser sempre socialmente responsáveis e sabe-se que as que não demonstram preocupação com o meio em que estão inseridas fatidicamente quebrarão em um futuro próximo pela não autosustentabilidade de seu público-alvo. Para manter negócios no futuro, é preciso cuidar de quem está no presente e propiciará este futuro. Além da responsabilidade social, existe a responsabilidade ambiental (e comumente vemo-nas juntas - responsabilidade socio-ambiental) que pregam a manutenção sustentável dos recursos naturais. Bem, vocês devem estar pensando na razão pela qual estou falando deste tema hoje e vou-lhes explicar. Sabem aquelas bichas que amam o serviço 0300? Serviço no qual você tem seu bofe 'delivery' como uma pizza que se compra por telefone? É sobre estas bunitas que quero tratar neste meu post, por sinal, o primeiro de abril (e olha eu inaugurando o mês... adooooooooooooooro!!). Quero falar sobre o fato de termos responsabilidade quando utilizamos o serviço 0300. Devemos cuidar dessas pessoas, excepcionalmente daqueles que parecem ficar conosco por tempos e tempos.
Olhem só: a viada sai de casa pra encontrar com seu bofe 0300 com o qual já fica há algum tempinho. Pois bem... horas depois, após devidamente saciada de tanto levar pau no edi, a bicha saca o dinheiro do bolso e o entrega na mão do muleke. Será que ele vai gastar este dinheiro com o quê? Vai empregar em quê? Caso você seja usuária do 0300 e nunca se fez estas perguntas, está na hora de começar. Os bofes são como os recursos naturais, gatas: ou você cuida deles ou não mais existirão para as gerações vindouras e como devemos ter responsabilidade com a comunidade em que estamos inseridos, é importante estar sempre sabendo da situação do boy nosso de cada dia, não é mesmo?
Acho importante que as viadas que usem o 0300 comecem a se responsabilizar pela vida do bofe. Com a ajuda do dinheiro e da orientação delas quem sabe o boy não se torne alguém realmente do bem e não apenas um outro marginalzinho batedor de carteiras ou usuário constante de drogas ilícitas. E a responsabilidade ainda soa como um eufemismo bem aplicado no qual o boy deixa de ser apenas um 'garoto de programa', um mero objeto de prazer sexual (assim como um consolo também pode ser, ou seja, um objeto fálico qualquer) e vai além de seu orgão sexual, passando a ser o 'caso circunstancial', ou ainda, o 'namorado efêmero'. O fato é que passa a existir uma relação entre as pessoas, entre o boy e a bicha, em que a viada está preocupada com a manutenção do bofe como pessoa e não o vê apenas como um pênis duro. Ao falar disto, lembrei do comensalismo e da simbiose, termos tão bem empregados em biologia e que servirão para que eu explique melhor o que estou falando. No comensalismo, uma espécie de oportunismo natural, geralmente as espécies convivem em harmonia, mas uma se beneficia mais que a outra. Na simbiose, a vida de um depende do outro, é uma relação harmônica sob bases cooperacionais, onde um ajuda o outro e vice-versa, acabando por se desenvolverem juntos igualmente. Atualmente, na relação boy/bicha, vê-se imperando o comensalismo. A viada trepa com o moleque e os dois se utilizam um do outro, no entanto, nem a viada quer saber depois o que é feito do bofe e muito menos ele quer saber dela, a não ser quando estiver precisando de dinheiro praquele show de forró do Aviões ou aquela manhã de folia com a Ivete.
A relação, portanto, é a da simbiose em que o boy e bicha se respeitarão como mútuos usuários que são. Há a preocupação da viada pela vida do boy. Se há de se empregar um dinheiro, além do usual pro bofe curtir aquele cineminha com a gata dele ou uma praia com os outros muleques, a qualira ajuda o boy com a parcela da faculdade ou do curso de inglês, incentivando-o a crescer como pessoa, como cidadão e mostrando bons exemplos de cópia. É uma viada socialmente responsável que se importa em fazer do boy uma pessoa melhor no mundo, que o vê como outra pessoa, como cidadão, como co-participante da relação de prazer. Eu voto por essa ideia. E parece ser fato que todo o bem que se faz nos retorna da mesma forma. Com isso, podem apostar que a vida de todos melhora. A viada melhora a vida do boy e ele lhe garante todo o empenho sexual, com direito a trepas homéricas, cheias de gritos, gemidos, chicotadas, pau na cara da viada e tudo o mais que ela desejar e quiser. Com o tempo, a vida de todos melhora, evolui e cresce da maneira como tem que ser. Lembrem-se, gatas, como disse sabiamente Antoine de Saint-Exupéry em "O Pequeno Príncipe": Serás eternamente responsável por tudo aquilo que cativas. E como responsáveis pelo outro seremos seres humanos melhores pois passaremos a tratar o outro como a pessoa que ele é, independentemente de quem ele seja e de qual papel exerça em nossas vidas. Beijos no coração de todos e todas e muita LUZ no caminho de vocês.
"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade" Raul Seixas - Prelúdio
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