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quinta-feira, 19 de março de 2009

APONTA-ME E TE DIREI QUEM ÉS

[preconceito ON detected]

"Não tenho medo das palavras dos violentos, e sim do silêncio dos honestos"
Martin Luther King

Bees egocêntricas (por que eu também sou), ando muito introspectiva, sou conhecedora das minhas emoções observando a mim mesma e fazendo uma autocrítica interior (redundante não?), ultimamente fiquei lembrando das piores coisas que me aconteceram desde que me descobri um ser alegre, sorridente e livre (lê-se gay).

Engraçado, pessoas por quem passei e que me apontavam o dedo jogando frases de deboche e expressões de baixo calão, foram poucas, percebi que eram dos conhecidos que viam a maior parte do preconceito que sofri durante minha vida. Quem nunca não sofreu nem um tipo de preconceito? Me chame de Maria Madalena e me atire a primeira pedra, seja pela cor do seu cabelo ser azul, rosa, estilo EMO, seja pelo tom da sua pele mais branquinha ou mais escurinha, mais verde, ou amarelado, seja pela sua religião ou credo, se você acredita em espiritismo, budismo, catolicismo, protestantismo e outros 'ismos', ou até mesmo pela sua opção sexual, assim definida entre homossexuais e heterossexuais.

O preconceito se manifesta de forma sutil, sorrateira, ardiloso, muitas das vezes, os comentários escapam sem querer, mas sempre tem a intenção de ferir, agredir quem ouve. O grosseiro, direto, ocorre de forma rara. Parentes e aderentes são infinitamente mais perigosos e daninhos do que ignorantes homofóbicos na rua. Como estratagema, uma forma de defesa, você desenvolve uma espécie de desconfiômetro e foge dos lugares onde apita o perigo. Começa a selecionar inimigos, e a tomar cuidado com o que faz ou fala, toma distância por precaução e começa a inventar desculpas para ir a festas ou encontros em família, se vai, é o último que chega e o primeiro que vai embora e não diz nada que possa comprometer.

Obviamente, você se junta a pessoas do seu 'tipo', tudo começa a ficar alegre e divertido, afinal, todos tem um propósito e opções comuns, você começa a se destacar e ficar mal visto, todo mundo comenta e fofoca - e é uma sensação excelente - eu, escorpiana como sou, sei o quanto é bom ser o centro das atenções e ser mal vista é uma delícia, te dá forças para lutar e encontrar uma justificativa para viver nesse mundo taxado e rotulado, onde tudo que é estranho, é anormal foge dos padrões éticos e físicos. Nesse ponto, você já era louca do xiri pela Britney, e reparava naquela mala do gostosão da rua e se acabava em sites de encontros e bate-papo.

Sempre tive um pensamento que me guia pela vida afora, e até hoje me ajuda bastante. Sempre acreditei que preconceito é ruim pra quem recebe, mas é muito pior pra quem o interiorizou e o manifesta. Sinceramente, o melhor é ter pena de quem esbanja idiotice e falta de conhecimento de mundo, pois são pessoas limitadas e pobres de conhecimento. Nunca tentei convencer alguém de que ser gay é bom e normal. É meu lado cínico, pervesro e maldoso. Prefiro condenar o infelix às sombras tenebrosas da ignorância, vê-lo vitima de um preconceito é minha maior recompensa. Por que tudo que vai, volta, e volta em dobro com uma força maior. Pensem nisso, beijos meus amores... e comentem muito viu? quero causar nesse blog.

É meu, eu dou pra quem quiser... o que é? tá olhando o que?

Um comentário:

Maria do Céu disse...

Bem profundo, Arrazou do Fuxico! EU nao tenho que dar satisfação de minha vido pro seu ninguem! O cool é meu!