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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ROTATIVIDADE MÁXIMA



Ai ai... sinto-me venenosa depois desse dia ‘o cão’ de trabalho. Hoje foi terrível! Ai, onde está o meu lord europeu, morto de rico, sarado e pauzão? Se estiver lendo, por favor, clica na minha fotinha ali do lado e lá encontrarás o meu e-mail. Manda mensagem e as passagem pra Budapeste (adooooooooro!). 

Mas sim, hoje foi uó o dia e pra completar, pego aquele engarrafamento estressante para chegar em casa. Respirei fundo e renovei as esperanças de algum macho escândalo parar atrás de mim e dar aquela buzinadinha, nem que fosse só pra eu sair da frente, pelo menos, a viagem ficaria ainda mais divertida. Eu me lembrei daquela outra viagem de ônibus que contei pra vocês em um post de Setembro (Buzão Lotado).


O tempo foi passando e nada de pau me encontrar, mas, prosseguindo a viagem, eis que um deus grego para do meu lado no sinal. Gatas, era escândalo aquele homem. Pensem que me tremi todinha dentro de mim. Fiquei doida do meu ‘edi’ que já tava piscando mais que estrela no céu. E pra me matar ainda mais do coração, ele deu uma olhadinha meu lado e eu lá, toda comportada (ta... faço a linha homem na maior parte do dia. São os ossos do ofício...kkkk). De repente, fiquei pensando sobre a questão do belo (bem Maria das Dores, a finada). O que será que queremos quando nos vemos de cara com aquele homem lindo de morrer? Fiquei pensando se eu queria ele ou se eu queria ser ele. Você olha pro outro e pensa porque tudo aquilo também não poderia ser seu.

Acho que no meu caso eu queria ser ele, pensei incialmente. Mas logo me deparei com outra questão subjetiva. Eu me lembrei daqueles viadinhos ‘bunitinhos’ que lotam as boates no fim de semana e que não ficam com uma pessoa sequer porque se acham o sol da Via Láctea, mas que, na verdade, fazem terrores pela vida. Como é previsto, a beleza deles encanta a muitos e muitos os desejam e desejarão, sendo que muitos os terão. É uma linha ‘rotatividade máxima’ e eu não quero também ser uma bicha com milhões de quilômetros rodados. Quando mais quilômetros, muito menos vale o carro, todos nós sabemos disso. Ainda mais que um carro com quilometragem elevada pode apresentar muitos problemas, sendo alguns deles incorrigíveis, inconsertáveis e que finalizarão na troca indubitável por um outro modelo.


Eu me lembrei da fala da maioria dos gays: “E ele é bunito?”, pergunta a amiga. “É lindo, tem corpão, é lusho...”, responde a outra feliz da vida. “...ah, e aí vem ele”. Quando você vê, é uma bichinha linda, daquelas que todos desejam e que já ficou com mais da metade da boate, da cidade e das circunvizinhanças. É, gata... e sua amiga tá ficando com uma pessoa que já passou por tantas mãos que nem sabe mais qual é o número dela na vida dele. Por isso, no final de tudo, pensei que não haveria lá vantagem em ser aquele homem bonito ou ter ele pra mim.

Ai, não curto muito essa linha ‘muito usado’. E vocês devem dizer: “Ah, Da Luz, lavou ta novo”. Mas bunitas, lembrem-se que nem tudo pode ser lavado. Às vezes, a sujeira está em um lugar impenetrável ou não existem produtos disponíveis no mercado que possam retirá-la. E se alguém já usou, nunca que em se lavando, vai ficar novo como era no princípio. Por isso, cuidado com o ‘equê’. Você pode estar levando carne por rúcula, o que é terrível pra quem é vegetariana (adoro essa hipertendência da modernidade). Beijos, gatas e muita LUZ no caminho de todas.

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