AH!!! O AMOR...

"(...) a gente não quer só comida,a gente quer comida, diversão e arte." 

da música "Comida", escrita por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto

Olá, gatos e gatas do meu Brasil e do mundo. Eis que hoje estou com os dedos ávidos por escrever para vocês. É meu passatempo, meu hobby, meu prazer. Obrigado mesmo por estarem acompanhando cada passo do Descaralhadas. As Marias agradecem... e em breve, mais novidades.

Sim, hoje, como disse, estou com umas amigas de Bruxelas aqui em casa. Estávamos naquela sessão de 'cinema em casa' e resolvemos dar uma pausa para o chá depois de dois filmes maravilhosos: SE EU FOSSE VC (produção brasileira de muito sucesso e que todos devem conhecer) e TODAS AS CORES DO AMOR (Goldfish Memories, no título original), produção primorosa que tem como seu diretor a extraordinária Elizabeth Gill, que também escreve o filme. 

O filme estreou no Brasil em 2004 e conta com um elenco de peso, entre eles, podemos citar: Sean Campion, Fiona O'Shaughnessy, Fiona Glascott, Peter Gaynor, Keith McErlean, dentre outros. Excelente roteiro e trilha sonora magnífica com clássicos da Bossa Nova cantados por astros como Richie Buckley (que canta Águas de Março), Damien Rice e Lisa Hannigan (sem igual)... vale a pena conferir. 

O filme fala das diversas formas de amor que existem, desde a homo, hetero e bi. É lusho só! Viva a liberdade sexual e de expressão sexual. O amor deve se manifestar das mais variadas formas... e falo do amor mesmo, lindas. Trepa, pegação, tesão, foda... isso tudo é da nossa realidade e devemos viver também e vocês sabem que eu apoio essa ideia. Mas amor é algo mais profundo e incrivelmente sublime, além de ser fato raro para bocas igualmente raras, ainda mais nos tempos de hoje. Vocês devem pensar: "Ixi, a Da Luz pirou... falando de amor, ela que é uma rampeira"...rsrs. Adoooooooooro!!

Mas eu não sou rampeira apenas porque eu quero... aliás, pelo que vi, sou uma rampeira amadora... é tanta gente muito melhor do que eu, fazendo gente todos os dias. Eu não tenho lá essas atividades todas, mas tudo bem... deixem-me com o meu pouquinho... é pouco, mas é certo. Ainda não apareceu meu 'lord inglês', como esparava esperançosamente a nossa Maria das Dores.

Falo do amor... do sentimento que deve libertar almas e aprisionar sentidos, desmitificando relações. A vida de AVULSA é tudo que há e ainda não me cansei dela, mas, por outro lado, tem-se seus benefícios na vida de casada. Acho que no final de tudo, na soma dos lados, a de casada seja até bem melhor, mas enquanto aquele bofe morto de rico, amoroso e que nos trate como rainha não chega em nossas vidas, vamos cultivando o AVULSISMO, o movimento que prega o 'império dos sentidos' (aliás, outro filme excelente...rsrs). Assistam ao filme, gatas... é minha indicação.

Outro filme babado e que as bunitinhas devem estar cansadas de saber e já devem ter assistido trocentas mil vezes é Brokeback Mountain. É, foi um marco para Hollywood e para o mundo. Outro dia ele passou na Globo, no horário da noite. No outro dia, quando estava no trabalho, vi uma colega comentando na hora do almoço, dizendo que achou super esquisito olhar dois homens se beijando na boca. Concordo com ela... porque o novo, o não-usual traz sua estranheza. Mas o novo e o usual são irmãos mais novos e andam sempre juntos. O novo de hoje para ela, não vai ser mais o de amanhã. Quando ela vir outros homens se beijando não mais achará estranho e é esse o caminho que leva para a sábia e pacífica aceitação. 

Sim, esse filme também fala de amor e da necessidade de não deixá-lo fluir de nossas vidas. Gatas, a nossa sociedade de hoje não está mais ouvindo seu coração. Passemos a ouvir os nossos, a experimentar falar conosco, sentindo nossas ansiedades e sanando as nossas dúvidas. Não sejamos mais uma daquelas viadas alienadas que brotam aos montes como chachos de modernidade. Tudo que é demais sempre sobra. Sejamos putas, vagabundas, rampeiras da rua, avulsas, casadas, fiéis, adúlteras, separadas... o que quisermos ser, mas sejamos na dose certa ou pagaremos um preço muito alto pela indigestão que o que é demais sempre causa.

Por isso, avulsa que é inteligente, sabe a hora de deixar de sê-lo, tão logo surja a oportunidade correta. Faço minhas as palavras de Nicole Kidman em "Da Magia a Sedução" (Pratical Magic, no título original - outro filme fabuloso): "O que eu não faria pelo homem certo?". E, gatas... não existe o homem 'certo'... é tão lenda quanto a Chapeuzinho Vermelho... o que existe é o homem mais ajustado a tua personalidade e vice-versa. Procure o seu, mas não deixe de experimentar as frutas que, espontaneamente, se jogam aos teus pés pela viagem, afinal de contas, precisarás de alimento para tão íngrime travessia que é a vida.

Pois bem... sei que a Maria dos Eguns vai querer cassar a minha licença de "avulsa" depois de um post como esse, mas nem só de pau vive uma qualira. Vivemos de muitas outras coisas. Essas são minhas dicas de filme. Em breve, volto com outras novidades. Beijos e muita LUZ no caminho de vocês.

"O Amor é Paciente"

É... e se Deus disse, tá dito!!