Olá, queridos leitores e leitoras. Nossa, o que será que houve com as outras Marias? Por onde andam? É, gente... o final de ano está sendo estressante: muitos compromissos e trabalhos de faculdade para entregar, afinal de contas, somos Descaralhadas mas não somos desinformadas. Descaralhada que se preze vai até os últimos níveis acadêmicos inventados. Não é a toa que temos duas mestrandas em nosso seio e as outras estão se graduando ou já são graduadas em alguma coisa. Pra ser Descaralhada tem que estudar, viu, 'fia'?
Eis que estava hoje confabulando com a minha amada companheira de aventuras, a Maria das Dores, agora na versão 'Finally Married'. Ela tá um luxo. Até a pele da qualira mudou. Anda mais viçosa e de um brilho espetacular. Estávamos refletindo sobre o preconceito que as viadas passivas sofrem no meio social, sobretudo no meio gay onde as passivas são praticamente discriminadas. Essa discriminação muito se dá por estereótipos infundados e ultrapassados do gay passivo: ou baqueosa (pintosa) demais, viciada em sexo, que dá pra todo mundo e por aí vai, quando, na realidade e nos dias de hoje, não tem completamente alguma relação com a nossa realidade mega globalizada.
Ser passiva é ser 'in'. O mercado de atuação é vastíssimo. O público-alvo é muito maior. As passivas podem dar para as ativas, as versáteis, os heteros, os casados e, se formos mais longe, ainda podem dar pra outras passivas em um momento de loucura, afinal de contas, no reino boiolal, a menos passiva come a mais passiva. Todos os acordos podem ser feitos e assinados com tranquilidade. Eu mesma, tive uma experiência essa semana e até que foi luxo.
Estava eu, morta de linda e bem posicionada, em um dos 'night-clubs' locais. De repente, eis que olho um homem do outro lado. Logo me interessei e fiquei 'aquendando' e rindo. Ele, prontamente, retribuia com o mesmo sorriso. O fato é que nos aproximamos e quando eu me percebi, já estava louca, agarrada a boca do tal homem. Dançamos, nos beijamos, nos amassamos e mais um pouco, quando ele me convida para ir ao 'dark-room'. Não me fiz de rogada e aceitei na hora.
Chegando ao 'dark', começamos a nos amassar de novo. Aquela coisa, mão aqui, mão ali. De repente, ele me pergunta: "Você tem camisinha?". Eu disse: "Geralmente não trago camisinha porque não gosto de sexo no dark". Ele retrucou: "Mas eu tenho. Você me come?". É, vocês devem estar ansiosas para saber a minha resposta, visto que sempre fui uma passiva altamente convicta de minha passividade, no entanto, eu traí minhas convicções.
Levada pelo espírito narcótico da cerveja, eu disse: "Eu quero". Lindas de corpo e de alma, quando me vi, estava comendo a outra. Nossa, eu até que gostei. Foi uma experiência altamente válida e interessante, sem falar que é séria tendência nos dias de hoje. Acho que vou começar minha campanha pela 'versatilidade'. É, os paradoxos são criados para serem quebrados e acho que essa Descaralhada aqui acabou de quebrar uma meia-dúzia deles. E acho que meu público-alvo, subitamente, tomou outras proporções. Escrevam-me, ativos, passivos, versáteis e afins. De agora em diante, eu topo qualquer coisa. Beijos a todas!!
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